Compol chega ao ES para mudar paradigmas
Edição nacional do Compol de 2025, em Florianópolis, com 3.300 pessoas
Colaboração. Entre muitos aspectos pertinentes, este talvez seja o mais relevante ativo que Compol (Congresso de Comunicação Política e Institucional) tem a oferecer aos participantes e ao mercado.
Trata-se de uma perspectiva que vai muito além do significado óbvio, por estar ligada a habilidades inerentes aos profissionais do futuro, na política e em outras áreas. Como consequência, há neste momento uma superação auspiciosa de paradigma, ao aquebrantar um ambiente - o mercado político - tradicionalmente duro, tenso, hostil e até então marcado por características hierárquicas.
Vamos explicar. Antes, a informação: o Compol, que chega pela primeira vez ao Espírito Santo, acontece nesta quinta (16) e sexta (17), das 8h30 às 19h30, no Four Towers Eventos, em Vitória. Serão mais de 40 palestrantes, do Espírito Santo e de todo país. Ganha muito quem aproveitar a viagem.
Complexidade
Já sabemos. Foi-se a época dos magos: marqueteiros como Duda Mendonça e João Santana. Eles, claro, sempre precisaram contar com equipes qualificadas ao lado para tonarem-se lendas.
Nós vivemos uma era, todavia, de muita complexidade, por conta do excesso de informação, conhecimentos e novas tecnologias.
O que muda? Segundo a futurista Martha Gabriel, esse contexto “requer colaboração e distribuição de poder para dar resultados, em vez de soluções apenas baseadas nas hierarquias de comando”. Ou seja, se já não era possível gerenciar tudo sozinho, agora ficou ainda mais difícil. Porque a compreensão do mundo - e da interconexão de diferentes elementos que o compõem - se tornou mais dinâmica e imprevisível.
No próximo artigo, vou tratar com mais detalhes sobre as chamadas habilidades para o futuro. Sigamos no Congresso.
Networking
Imagine esse cenário descrito dentro de um evento como o Compol. Entre os mais de 40 palestrantes, há profissionais que já fizeram campanhas presidenciais; outros que despontaram agora e receberam prêmios dentro e fora do Brasil; novos talentos que têm chamado a atenção; assessores que, antes negligenciados, ganharam coragem e espaço para se apresentar.
É uma grande mudança. Um mercado que nunca teve tanta generosidade como característica tem se transformado, embora ainda faltem alguns passos. Essa visão transformadora é o propósito do Compol.
Um texto recente de um dos idealizadores do evento, o catarinense Marcello Natale, exemplifica bem essa busca. Ele conta ter ouvido uma história no Compol de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, sobre uma profissional que foi desqualificada em uma mesa de reunião por um participante mais velho, como se ela não fosse relevante por ali. Mais comum, impossível na área.
Natale concluiu:
“Que a gente escolha o caminho oposto. Que, sempre que possível, a gente valide, reconheça, indique e incentive os profissionais do nosso mercado. Porque, no fim, o nosso ecossistema é um mercado que se autoavalia - feito de trocas, de respeito e de pontes”
Oportunidade
Iniciar conexões no Compol ES, portanto, é uma grande oportunidade. E bem mais acessível neste 2025 do que era antes de 2023, quando aconteceu o primeiro Congresso. Sim. Em poucos anos, o crescimento do Compol foi impactante - já foram mais de 10 mil participantes, 730 palestrantes, 960 horas de conteúdo e 24 edições regionais. Só no encontro nacional deste ano, em Florianópolis, compareceram 3300 pessoas.
O mercado da comunicação política está aos poucos deixando de ser fechado e desconfiado. Essa barreira tem sido derrubada de modo, inclusive, a conquistar os corações de muitos da velha guarda.
O Brasil tem 27 unidades federativas com 5.570 municípios, como profissionais têm lembrado nos eventos. Isto é, todo um universo para trocar experiências e participar de campanhas e projetos no Estado e além das fronteiras regionais.
Essa premissa colaborativa já está acontecendo - não é utopia. Parcerias estão sendo formadas no evento em si, em comunidades criadas após as primeiras conexões, em reuniões de professores para qualificação do mercado… e por aí vai.
Há, sem dúvida, uma janela de oportunidades escancarada. Agora é aproveitar da melhor maneira possível. Vamos juntos?
